sexta-feira, 6 de abril de 2012

Billie Jean


 "Billie Jean" foi lançada em 02 de janeiro de 1983, como segundo single do álbum. Tornou-se um sucesso comercial e de crítica em todo o mundo, "Billie Jean" foi um dos singles mais vendidos de 1983. Em outros países, "Billie Jean" liderou as paradas da Espanha e Suíça, alcançou o top dez na Áustria, Itália, Nova Zelândia, Noruega e Suécia, e alcançou a posição número 45 na França e tornou-se o maior sucesso do cantor nos Estados Unidos, permanecendo por sete semanas no topo da lista pop e nove liderando a rhythm & blues. "Billie Jean" foi coroada disco de platina pela Recording Industry Association of America (RIAA), em 1989.

"Billie Jean é uma espécie de anonimato. Representa um monte de meninas. Costumavam chamá-las de groupies nos anos 60." Ele acrescentou: "Elas ficavam penduradas nas portas dos bastidores, e qualquer banda que viria para a cidade elas teriam um relacionamento com os integrantes, e eu acho que eu escrevi isso por experiência com os meus irmãos quando eu era pequeno. Havia um monte de Billie Jeans lá fora. Todas garotas alegavam que seu filho estava relacionado com um dos meus irmãos. "

"Billie Jean" soa muito distante do mundo exótico de Jackson. Nela, soberana, uma simples linha rítmica composta por Jackson em uma bateria. Durante o processo, o baterista Leon Ndugu Chancler foi convocado para otimizar a "pegada" da canção. "Fui colocado sozinho em uma sala e durante as duas ou três horas que se seguiram, Jackson e Quincy interromperam-me várias vezes com idéias e sugestões. Acredito que eu a tenha tocado por oito ou dez vezes".
Outra determinante na musicalidade de "Billie Jean" é o baixo, também sugerido por Jackson. O instrumentista Louis Johnson conta como foi trabalhar com o astro. "Trouxeram ao estúdio todos os meu baixos para que experimentássemos o som de cada um separadamente. Depois de três ou quatro tentativas, escolhemos o Yamaha. Ele é realmente extasiante, de grande potência e uniformidade".

"Billie Jean" é um relato de um homem que é perseguido por uma mulher que diz que ele é o pai de seu filho. Na canção Jackson tenta desmentir a mulher e ao mesmo tempo fica em dúvida se realmente é o pai da criança. A história é a continuação de outra música do álbum, Wanna Be Startin' Somethin'. Apesar de sempre falarem que a história da música foi baseada em um fato real, Jackson sempre desmentiu. Em sua auto-biografia, Moonwalk, ele diz que a história foi inspirada nas groupies que perseguiam seus irmãos, com falsas histórias. Jones queria que a canção chamasse "Not My Lover", porque temia que as pessoas poderiam achar que se referia à tenista Billie Jean King. Jackson canta a música como se estivesse prestes a chorar, acrescentando soluços e sua marca registrada, "hee-hee".

A primeira vez que Jackson apresentou "Billie Jean" foi em 1983 no Motown 25: Yesterday, Today, Forever. Jackson e seus irmãos fizeram um medley de canções dos Jackson 5, depois todos saíram do palco e Michael ficou sozinho. Vestindo um calça preta, um sapato de couro com meias à mostra, jaqueta brilhante, chapéu fedora e apenas uma luva brilhante na mão esquerda. A performance teatral ficou marcada por ser a primeira vez em que Jackson fez seu passo, marca registrada, em que desliza para trás, chamado de moonwalk. Foi essa performance que cravou o status de celebridade absoluta de Jackson, sendo notícia em todo o mundo. A performance no Motown 25 é considerada um dos momentos mais importantes da cultura pop. Em sua auto-biografia, Moonwalk, Jackson disse que chorou depois da apresentação, porque ele tinha falhado em alguns detalhes. Mas depois que Fred Astaire, Sammy Davis Jr. e uma criança o elogiaram, ele sentiu que tinha feito a coisa certa. No decorrer dos anos, "Billie Jean" tem permanecido de maneira fiel a primeira peformance de Jackson com mínimas alterações, e mais agressividade na atitude.
É inviável pensar no cenário musical dos anos oitenta sem ter em mente Michael Jackson. Ele dominou as paradas de sucessos durante gloriosos anos. O impacto de Thriller foi sentido pela primeira vez com a estréia de seu segundo compacto, "Billie Jean", durante a penúltima semana do mês de janeiro de 1983. Quando atingiu a primeira posição, apenas seis semanas depois, Jackson tornou-se o primeiro na história a permanecer, simultaneamente, na primeira posição em todas as paradas de black e pop music nos Estados Unidos.
O curta-metragem de "Billie Jean" é considerado o video que levou a MTV, um canal de música relativamente novo e desconhecido, a se tornar um dos canais mais famosos do mundo. Foi o primeiro videoclipe de um artista negro a ser exibido no canal, que antes dava mais foco ao rock. Dirigido por Steve Barron, no vídeo, Jackson é perseguido por um paparazzo que tenta flagrá-lo, mas mesmo quando consegue a imagem não se concretiza nas fotos. Jackson caminha pelas ruas e por onde passa, o local se ilumina e muda, como se ele fosse um ser mágico. O visual de Jackson no video era imitado por várias pessoas na época, as imagens do vídeo não tinham relação com a letra da música.
Premiado para inúmeros prêmios, incluindo dois Grammy, um American Music Award e uma indicação para o Video Music Producers Hall da Fama - A música e o videoclipe impulsioram 'Thriller ao status de álbum mais vendido de todos os tempos. A canção foi promovido com um videoclipe que quebrou as barreiras raciais da MTV como o primeiro vídeo de um artista negro a ser exibido pelo canal, e um Emmy nomeado pelo desempenho na Motown 25: Yesterday, Today, Forever, no qual Jackson estreou o "moonwalk". A música também foi promovida através de Jackson nos comerciais da Pepsi, durante a filmagem de um comercial, o couro cabeludo de Jackson foi severamente queimado. "Billie Jean" selou o status internacional de Jackson como um ícone pop. A canção está em 2º lugar na lista do VH1 das "Melhores Canções dos Últimos 25 Anos" de 2001; 5º na "Melhores Canções Pop" lançada pela MTV e Rolling Stone em 2000; e 28º na "100 Melhores Canções para Dançar" do VH1, também divulgada em 2000. Na lista dos "Melhores Vídeos" da MTV o clipe aparece em 35º e na do VH1, em 34º. É frequentemente citada como uma das canções mais revolucionárias da história e é considerada por muitos como a maior música de Jackson.

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